still here.

Hoje o meu celular me lembrou que há exatos dois anos eu tava em SP, cheia de energia e correndo atrás de alguns sonhos. Há um ano eu tava no Rio de Janeiro, com a sensação de estar desistindo de quase todos eles.

Há dois anos, eu passei vários dias sem dormir, porque estar vivo era prioridade e eu tinha que aproveitar o presente. Há um ano, eu passei vários dias sem dormir, sentindo meu corpo se desfragmentando e minha mente derretendo, assim, ao vivo e a cores, potência máxima do caos, até não existir mais energia. Estar vivo ainda era prioridade, mas de um jeito diferente.

Há uns dias, fez um ano que eu quebrei. Não foi a primeira vez, nem a última. Certamente, uma das mais intensas. Alguns caquinhos foram perdidos pra sempre e eu ainda não aprendi a construir peça sobressalente. O problema é que algumas ausências são tão presentes que fica difícil não sentir falta. Mesmo às vezes eu nem sabendo do quê.

Dia desses escrevi sobre como é difícil sair do lugar, sobre como é difícil ficar no mesmo lugar.

"Não se entra duas vezes no mesmo rio".

Nem aqui, nem lá.

Dois rios inteiros e eu ainda tentando criar coragem de mergulhar outra vez.

É tudo movimento. Mas nem tudo é direção.

Já faz quase um ano que eu tô aqui, de volta no lugar onde tudo começou. Ou quase isso. Tem tanta coisa acontecendo aqui dentro que mal consigo ir lá fora. Ainda assim, meio nota de repouso, sabe? A expectativa é que, mesmo quando essa música acabar, ainda tenha mais um disco inteiro pra tocar. Seja lá o que for, eu quero ouvir.

Sei lá, acho que é isso. Pra hoje, nenhuma grande reflexão, conclusão ou lição de moral. É só mais um dia mesmo. Assim, um de cada vez.

Postagens mais visitadas