it's cool to fake romances (é tão óbvio)

 tantos anos depois e eu ainda te conheço tão bem.

encontrei você, suas palavras e seu sentimento dentro de um texto perdido que tem tanto de nós quanto do tempo.


aquele tempo.


já era.


te assisto como se pudesse te tocar.

te ouço como se pudéssemos dançar.

te imagino como se pudéssemos voltar.


mas aquele tempo já foi

há tanto tempo

que eu não sei se ainda daria tempo 


na verdade, eu não sei se isso é sobre o tempo.

certamente é sobre mim, não sobre você.


mas você lembra.

você vai lembrar de mim. 

(e eu de você, pra sempre)


eu lembro da risada, dos apelidos, das bobagens e das madrugadas. 

de cada uma daquelas histórias que você me contava 

do livro da Disney com aquelas histórias de ninar, e da forma como você sabia sempre, sempre, sempre como me confortar.

lembro também dos presentes, das palavras, do medo.

lembro daquele dia no sofá, das meias e do rodinho de pia.

Seychelles é logo ali.

Ainda bem que existe o Gregor.

Espero que ainda guarde contigo as memórias daquele funeral, mas sempre haverá outro coelho branco (tenho certeza que você já encontrou o seu).


não é como se eu ainda sentisse algo parecido com 2012,

mas sinto saudades.


não é como se eu quisesse atrapalhar tudo isso que você construiu,

eu só queria que você soubesse que eu sinto muito por cada lágrima que fiz cair nos seus olhos, cada pontada que deixei no seu coração e cada dor no mindinho que de alguma forma foi minha culpa.

cê sabe que eu tentei de novo.

cê sabe que doeu em nós dois.

a gente sabe que... não dava pra ser.


simplesmente o pior dançarino do mundo inteiro.

mas e daí?

 é melhor dançar meio fora do ritmo do que nem se arriscar a entrar na pista.

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