lua ainda é o meu incenso favorito
abrir a porta,
me explicar menos
-e,
antes de entrar
ser tão tão
como devo ser.
não me esquecer do mar ou da areia,
me desaguar na cachoeira,
lembrar de bater as pernas
-e as asas-
pra não me afogar,
pra atravessar oceanos
e não desistir de correr atrás dos sonhos
mesmo quando o fôlego vacilar.
sempre a rodar,
feito bituca.
sempre poder voltar,
feito nascimento.
quando se cansar,
ainda ter aquela rede pra deitar,
fazer o tempo de
sa
cele
rar
e
se
esquecer
de
tudo
-tudo menos
de fazer o sonho acontecer