É que eu gosto quando o vento atrapalha meu cabelo

Ana foi para o mar. Na sua mochila, carregava um caderno e um lápis... é como ela gosta de tentar se expressar. Ana queria se inspirar. Mas, no fundo, só queria sentir mais uma vez aquele vento forte atrapalhar seus cabelos; sentir como se pudesse ser levada por aquele vento... É que Ana queria voar. Enquanto caminhava, avistou um mirante. Um lugar que você sobe as escadas e, quando chega no topo, sente o mais forte dos ventos e vê a mais bela paisagem. Ana viu o mar e o céu parecerem um só e, apesar de ainda ter os pés no chão, naquele momento conseguiu mesmo estar nas alturas. Ana gostava de sonhar. Gostava de saber que tinha o poder de inventar e ir a lugares que só ela conhece.  Quando Ana fechou os olhos, pôde sentir cada parte do seu corpo se mexer. Logo abriu um sorriso. Há quem diga que, enquanto passeava lá em baixo e olhava para cima, conseguia ver uma garota com asas. Depois de alguns instantes, Ana abriu os olhos e pegou seu caderno e lápis. Gostava de escrever poesias. Sei que rabiscou uns versinhos...  versinhos que, algum tempo depois, ganharam melodia. Uma melodia que fazia Ana dançar. Mas não era uma melodia qualquer... era uma melodia que, apesar de ainda dançar com os pés no chão, naquele momento conseguia mesmo estar nas alturas.
Eu queria encontrar Ana. É que até hoje eu ando por aí tentando achar essa melodia, essa música. Ah! Como eu queria ter asas...

Postagens mais visitadas