Não gosto dessas coisas do coração, é sempre tudo tão complicado!

não é questão de maturidade
definitivamente, isso não é sobre maturidade

nunca se é maduro pro amor
ninguém sabe lidar com essas coisas do coração
tão complicadas

seria cômico, não fora trágico.

você disse que seria diferente dessa vez
sem promessas ou juras de amor eterno
sem muitos sonhos

mas você sonhava, né?

se eu soubesse, talvez nem teria deixado acontecer.
não queria que alguém saísse machucado
ainda mais se fosse você...

essas coisas mal resolvidas
palavras não ditas
e olha que dissemos muita coisa...

droga.
não entendo.
não entendo mesmo.

mas no fundo, no fundo, se eu pudesse voltar no tempo
eu não mudaria nada
ao menos tive a chance de tentar te fazer feliz
(ao menos por um instante)
e tivemos a chance de nos experimentar
(ao menos por um instante)

foi bom, não foi?
isso deveria falar por nós.
deveria ser suficiente.

droga.
não queria que voltássemos a esse mesmo lugar
onde parecemos desconhecidos
que não se falam, não se divertem juntos
não perguntam sobre a rotina...

e aí
como vai você?
tudo bem?
como tá a faculdade?
e aquela festa que você tinha que ir... como foi?

somos tão humanos
e você tão exato.
sim ou não, ponto.

eu não.
e me desculpe as incertezas
nunca souber me organizar, pôr as coisas no lugar

não sei se quero te ter pra sempre
(preciso saber?)
mas também não quero te perder, meu amigo.
(não precisa sumir ou desaparecer no vento)

Mas okay. Tudo bem, tenha seu tempo.
Mais uma vez.

Eu que já senti a presença,
vou sentir a ausência.
E me desculpe por sentir demais (e não sentir nada).

Posso sentir saudades?

Tentei te contar sobre aquela exposição de arte que você tanto queria ir.
Você nem se importou.
Talvez ainda dê tempo, vamos?
(Fica o convite.)

Tudo bem, não precisa forçar nada.
Você aí, eu aqui.
E estamos no mesmo lugar, mais uma vez.

Distantes.
E a culpa não é da distância...

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