Sossêgo

Tem combustível, só espero que não pegue fogo.
Todo dia ela sente sempre igual, de segunda a segunda, vinte e quatro horas por dia. A garganta tá sufocada com esse grito rouco e silencioso. Respira devagar. Deita pra tentar apagar. Do que adianta? Vem o inconsciente incomodar, o relógio tique-taquear... ela parada, mas em movimento.
Essa voz que quase não sai quer falar muito. Mas  se acostumou a não falar nada. Só pensa. E desequilibra.  Há tempos não se sentia tão completa, tão cheia de si, tão tão. Mas sempre tem que voltar. Não falo de você, falo desse sentimento ruim que pula nas minhas costas, machuca e não vai embora. Tudo bem, acho que essa descrição serve pra você também...
Mas se é assim que temos que seguir,
Então vamos, né?
Correndo, né
Saltitando, né
Dando gargalhadas, né
Seguindo, devagar, pé com pé
Pé ante pé
Né?
É.

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